
Um Conto de Natal adaptado à Liderança para a Tribo de Líderes
Espero que estejam bem e com pujança!
Estava a ver aqui o histórico da Newsletter Tribo de Líderes e reparei que já se passaram mais de 65 dias desde a última vez que vos escrevi…
Imagino que a vossa vida nestes 65 dias tenha sido miserável, triste e cinzenta… Por isso, só me apraz colocar uma questão: tiveram saudades minhas? 🤩
O que esperava ouvir da vossa parte para afagar o meu egocentrismo:
O que efetivamente acho que está a acontecer neste momento:

Depois deste trecho egocêntrico, que fez com que 100% das pessoas que costumam ler este conteúdo tenham abandonado – leia-se por “100% das pessoas que costumam ler este conteúdo” a minha mãe e a equipa da Tribo de Líderes que é obrigada a ler por causa da nossa cultura organizacional tóxica e ditatorial -, vou continuar na mesma a fazer o costume, que é pregar como o Santo António.
Nota 1: recomendo vivamente o “Sermão de Santo António aos Peixes” do Padre António Vieira
Nota 2: quem achar que sou santo, sugiro que escreva nos comentários deste artigo o seguinte hashtag #SantinhoSalino.
Ora bem, mas vamos ao que nos trouxe cá.
O título deste artigo é “Um Conto de Natal adaptado à Liderança”…
E resolvi escrever sobre isto porque faltam precisamente 65 dias para o Natal! 🎅🎄
Provavelmente não vos tinha dito que adoro o Natal.
Mas agora já disse…
E gosto mesmo muito do Natal…
Pelas rabanadas obviamente mas, também e sobretudo, pelas memórias.
As memórias passadas como a primeira vez que ouvi um “amo-te” do meu pai.
As memórias presentes que vão sendo construídas com a equipa, os meus amigos e a minha família.
As memórias futuras ainda por escrever…
Porque pese embora o futuro ainda não tenha acontecido, é “por ele” que devemos relembrar o Passado e viver honrando o Presente para o escrevermos da melhor forma.
Fica abaixo a história. Espero que gostem.
Nota 3: Deixo à vossa sugestão mudar o nome da personagem principal para o nome que vejam pertinente. Tomo a liberdade de usar o meu primeiro nome na história para que eu próprio possa tirar ensinamentos da mesma. Neste caso, algo que pode aparentar ser egocêntrico, como o texto acima, pode facilmente ser visto como autoconsciência. Autoconsciência essa que, já agora, é algo que todos os excelentes líderes procuram muito ter.
Um Conto de Natal adaptado à Liderança para a Tribo de Líderes
No centro da sua cidade, numa noite fria de inverno, Sérgio Scrooge, um líder obcecado por resultados e implacável na procura pelo lucro, sentava-se sozinho no seu escritório.
O sucesso tinha sido seu (acreditava ele), mas à custa de relacionamentos quebrados e uma equipa desmotivada.
Para ele, liderança era sinónimo de controlo e o presente era tudo o que importava. O passado não tinha relevância, e o futuro era uma incógnita a ser vencida com força e determinação.
Scrooge acreditava que qualquer sinal de fraqueza ou compaixão era um obstáculo ao verdadeiro progresso.
Naquela noite, Sérgio Scrooge foi surpreendido por três visitas inesperadas. Mas estes não eram os tradicionais fantasmas do passado, presente e futuro da mítica história de Charles Dickens.
Estes visitantes eram líderes, cada um representando uma era distinta da liderança. E foi essa experiência transformadora que mudaria a sua visão para sempre.
O Líder do Passado
O primeiro a aparecer foi um líder envolto numa aura de sabedoria antiga.
Ele exalava autoridade, mas também um respeito profundo pelos seus seguidores.
Era o Líder do Passado, aquele que guiava através da tradição e da hierarquia.
Este líder explicou a Scrooge que, antigamente, a liderança era construída sobre pilares sólidos de respeito, dever e obediência. As decisões vinham de cima e não eram questionadas. Esse modelo funcionava para o seu tempo, mas carecia de flexibilidade e inovação.
“Sérgio,” disse o Líder do Passado, “eu governei pelo medo e pelo respeito inquestionável. E isso, por muito tempo obtive resultados. Mas, à medida que o mundo mudou, as minhas equipas ficaram para trás. A lealdade cega deu lugar à estagnação, e o meu sucesso foi momentâneo. Hoje, olhamos para o passado não como um modelo a seguir, mas como uma lição a aprender. O que a tua liderança de hoje está a ensinar?”
Scrooge começou a perceber que o seu estilo de comando rígido, baseado em resultados imediatos e pouco diálogo, era um reflexo deste modelo antigo, um modelo que, por vezes, limitava o potencial das suas equipas.
O Líder do Presente
Logo depois, surgiu o Líder do Presente. Ele era vibrante, ágil e estava sempre em movimento, como se estivesse num ciclo interminável de respostas e adaptações.
“Eu lidero no aqui e agora,” explicou.
“Eu escuto, inspiro, e estou sempre disponível para a minha equipa. No entanto, há dias em que me sinto sobrecarregado, tentando manter o equilíbrio entre as necessidades da equipa e as minhas próprias.”
Este líder guiava através da empatia e da colaboração. Ele mostrava a Scrooge que a liderança moderna exigia conexão humana, vulnerabilidade e uma comunicação constante. Não se tratava apenas de dar ordens, mas de criar uma cultura de crescimento mútuo. Mas, como o Líder do Presente reconheceu, isso pode ser exaustivo.
“O maior desafio do presente,” disse o líder, “é encontrar tempo para pensar estrategicamente enquanto te afundas no dia-a-dia. Muitos líderes hoje, como tu, estão presos numa rotina sem fim, apagando incêndios, mas sem tempo para olhar para o horizonte.”
Scrooge percebeu que, no seu esforço para manter o controlo e garantir o sucesso imediato, tinha ignorado a importância de se conectar verdadeiramente com os outros e de liderar com empatia. Estava a liderar, mas sem propósito claro além dos lucros.
O Líder do Futuro
Finalmente, surgiu o Líder do Futuro, envolto numa luz quase etérea.
Ele falava com uma calma que transmitia uma visão mais ampla e um foco no legado.
“No futuro, Sérgio, serás lembrado não pelo que construíste, mas pelo que inspiraste nos outros. A liderança não se medirá pelos teus sucessos individuais, mas pela capacidade que tiveste de capacitar a próxima geração.”
O Líder do Futuro mostrou-lhe um mundo onde as equipas são altamente autónomas, onde os líderes criam culturas que promovem inovação e propósito, e onde a inteligência emocional se alia à inteligência artificial para tomar decisões mais humanas e mais impactantes.
“No futuro,” disse ele, “os líderes saberão que a verdadeira grandeza vem da multiplicação de líderes, não de seguidores. Quem tu estás a formar para ser o líder do amanhã?”
Neste momento, Scrooge teve um vislumbre do seu próprio futuro – uma empresa próspera, mas vazia de alma, com equipas a operar como autómatos, sem paixão, sem visão. Um sucesso financeiro imenso, mas sem significado real.
A transformação de Scrooge
Quando os líderes desapareceram, Scrooge acordou com uma sensação de renovação. O que ele percebera nessa noite é que a liderança não é apenas uma questão de resultados ou de comando, mas uma jornada contínua de aprendizagem e crescimento.
No dia seguinte, Scrooge entrou no seu escritório com um novo propósito. Começou a ouvir as suas equipas de forma autêntica, oferecendo não só a sua orientação, mas também o seu apoio genuíno. Abriu espaço para que outros líderes emergissem e tomou decisões estratégicas com o futuro em mente.
Scrooge percebeu que ser um líder não era ser temido, nem ser amado a todo o custo.
Ser um líder de verdade passa por inspirar uma visão maior, um propósito comum, e garantir que todos na sua equipa se sentissem valorizados.
Ele compreendeu que a verdadeira liderança é intergeracional — um equilíbrio entre as lições do passado, a empatia do presente e a visão do futuro.
Líderes da Tribo de Líderes, olhemos para o passado com gratidão, vivamos o presente com presença e planeemos o futuro com visão.
Porque, no final, o impacto que deixamos no mundo não será medido pelos títulos que alcançámos, mas pelos líderes que ajudámos a criar.
Qual será o teu legado? 🥇
Um abraço,
Sérgio Salino
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