A Regra de Ouro na vida e na liderança
Olá Tribo 👋.
Espero que estejam bem desde a última vez que leram esta newsletter que, se bem me lembro, terá sido há um mês.
Gostava de dizer que o motivo de não ter escrito se deve ao facto de ter estado de férias num destino paradisíaco, a beber caipirinhas e sem acesso “às internets” mas, de facto, seria mentira. 🤥
A foto acima ilustra bem o que sinto neste momento… 😥
Mas, sem muita inveja, espero que tu tenhas tido boas férias e se ainda estiveres nesse registo que as aproveites bem!
Aliás, se estiveres de férias, sai já daqui do artigo e vai descansar! O artigo não vai desaparecer e a família é mais importante, sempre.
E eventualmente as caipirinhas, se as houver!
Mas bem, voltando ao que nos trouxe cá, vamos falar sobre Liderança e a vida em geral… Até porque o tema que escolhi hoje é a Regra de Ouro e esta aplica-se a tudo na nossa vida, incluindo (obviamente) a Liderança.
Mas o que é a Regra de Ouro?
Provavelmente já ouviste falar neste termo mas, se não ouviste, estás no sítio certo!
A Regra de Ouro consiste em “tratar os outros como gostaria de ser tratado“.
Há muitas teorias sobre a origem desta regra. Apesar de ter lido a mesma no livro de Dale Carnegie – “Como fazer amigos e influenciar pessoas“, que já agora recomendo vivamente (e que já li 5 vezes), a verdade é que no Evangelho Segundo Mateus 7:12 já se pode ler “assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas“.
Independentemente da sua história, parece-me um facto irrefutável que “tratar os outros como gostaria de ser tratado” é o mínimo que todos devemos fazer. Em todas as situações na nossa vida, incluindo enquanto líderes.
Seja por egoísmo ou por altruísmo, aplicar a Regra de Ouro é um dos caminhos para um mundo melhor. Um mundo mais empático, com mais respeito e mais humano.
E, quanto mais penso nesta regra, sobretudo fruto da simplicidade da mesma, não compreendo como algo que parece tão simples tem sido tão difícil…
Será uma utopia tratarmos os outros como gostaríamos de ser tratados?
Será assim tão difícil queremos para os outros o mesmo que queremos para nós?
Quanto mais pessoas conheço, mais entendo que queremos (quase) todos o mesmo. O ser humano procura essencialmente felicidade, liberdade e, esta com mais dúvidas da minha parte, a eternidade.
(Em relação a esta última, convido-vos a ler um livro delicioso com o título “Homo Deus” do Yuval Noah Harari. Ah, e se quiserem perceber porque tenho dúvidas, escrevam um comentário ou enviem-me mensagem para conversarmos).
Procuramos (quase) todos ser felizes, livres ou eternos, sendo que o que diferencia é o veículo que utilizamos para alcançar esse objetivo.
Dando um exemplo simples, uns procuram ser felizes e livres conquistando muito dinheiro para comprar bens ou experiências que vão proporcionar esses objetivos, enquanto outros procuram a felicidade nas relações, família e no amor. Ambos são válidos e ambos querem o mesmo. O que diferencia, é o que fazem para os alcançar.
Aplicar a Regra de Ouro é, justamente, termos o q.b. de empatia para entendermos que todos temos direito a ter os mesmos direitos.
Se eu quero ser bem tratado, então devo tratar bem os outros. Se eu quero que se preocupem comigo, devo começar a preocupar-me genuinamente com os outros. E por aí fora…
Uma vez mais, seja por motivos egoístas, seja por motivos altruístas, se todos fizéssemos isto, garantidamente o impacto nos outros seria tremendamente positivo.
Mas porque não ir mais longe?!…
Será que hoje chega aplicar a Regra de Ouro na Liderança?
O caminho para um mundo melhor e para termos melhores líderes começa precisamente por esta Regra de Ouro.
Gosto de pensar que aplicar esta Regra é como alcançar os mínimos olímpicos. Para os atletas de cada país representarem a sua bandeira, têm de realizar tempos mínimos para poder participar nesta competição que ocorre de 4 em 4 anos.
Um feito gigante para todos os atletas e ao alcance de apenas alguns. Mas na vida e na liderança, tal como nos Jogos Olímpicos, existem “atletas” que não lutam somente para atingir estes mínimos, procurando antes sim alcançar o pódio.
Se a Regra de Ouro é o mínimo para estarmos nessa competição, como podemos atingir “o topo”? Como podemos ser os melhores? Melhores colaboradores, melhores líderes, melhores pais, melhores filhos, melhores pessoas?
A resposta a essas questões tem o nome de Regra de Platina e passa por “tratar os outros como eles gostariam de ser tratados“.
Uma ligeira diferença que faz toda a diferença…
A diferença entre egoísmo e altruísmo.
A diferença entre pensarmos primeiro em nós ou pensarmos primeiro nos outros.
A diferença em sermos bons ou sermos muito bons. (Já agora, aconselho mais um livro em relação a este tema: De Bom a Excelente do Jim Collins.)
Hoje, os locais de trabalho contam com a diferença no que concerne a origens culturais, características pessoais, idades, géneros, orientações sexuais, entre muitas outras.
Os bons líderes sabem disto e, para alcançar o pódio, devem ouvir atentamente, conhecer cada pessoa de forma individual, saber o que as faz mais feliz, como gostam de ser tratadas e de que forma tudo isto pode ajudar cada pessoa no seu caminho.
Quando os líderes fazem isto, eles cuidam das suas pessoas, criam uma cultura organizacional de excelência que acaba por culminar naquilo que o Simon Sinek aborda no seu livro “Os Líderes comem por último” e que consiste num Círculo de Segurança incrivelmente sólido. Dentro deste círculo, que é alimentado por líderes que aplicam esta regra, as pessoas sentem confiança e segurança. E com confiança e segurança, sem Cortisol e com químicos como a Dopamina, Endorfinas, Serotonina e Oxitocina impulsionam as Pessoas para o seu melhor e, por consequência, as empresas e organizações atingem o sucesso.
Tratar os outros como eles gostariam de ser tratados é o caminho mais rápido para mudarmos o mundo.
Líderes, vamos juntos?
Abraço, Tribo.
Sérgio
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