
O que Coco nos ensina sobre Liderança (e não só)
Olá, malta!
Este artigo é especial. E não é só por ser sobre um filme belíssimo da Pixar — é porque vi Coco no México, durante a minha lua de mel. E posso dizer que nunca mais o vi da mesma forma.
Envolvido na cultura vibrante do país, entre altares coloridos, flores de “cempasúchil” (cravo de defunto) e música a sair das praças e das casas, Coco ganhou vida para mim. E mais do que isso: ganhou alma.
Mas este filme é muito mais do que cor e emoção. É uma lição sobre propósito, legado, identidade, família e coragem para seguir o coração, mesmo quando tudo parece empurrar-te noutra direção.
E como sempre, quero destacar quatro personagens que tornam esta história tão poderosa: Miguel, Héctor, Ernesto de la Cruz e Mamã Coco.
🎶 Miguel: A Coragem de Ouvir a Tua Voz Interior
Miguel nasceu numa família onde a música é proibida. Mas dentro dele há uma melodia que não quer calar. Enquanto a família insiste num caminho “seguro” e “honrado”, ele sente que o seu lugar está ao lado de uma guitarra e num palco — mesmo que isso signifique partir em busca das suas origens no mundo dos mortos (!).
“Nunca subestimes o poder da música para dizer aquilo que as palavras não conseguem.”
Miguel ensina-nos que:
- Seguir a nossa paixão pode significar ir contra o esperado — e isso exige coragem.
- A identidade constrói-se. Não é apenas recebida — é descoberta.
- Às vezes, tens de sair do teu lugar para realmente te encontrares.
Quantos líderes já ouviram “isso não se faz assim”? E quantos o fizeram mesmo assim — mudando tudo?
💀 Héctor: O Verdadeiro Significado de Deixar um Legado
Héctor aparece-nos como um trapaceiro engraçado, mas rapidamente percebemos que há ali muito mais: um pai que foi traído, um artista esquecido, um homem que só quer ser lembrado com verdade e amor.
“Quando ninguém se lembra de ti… é como se nunca tivesses existido.”
Héctor mostra-nos que:
- O verdadeiro legado não está na fama, mas nas memórias que deixamos nos corações dos outros.
- Todos merecemos uma segunda oportunidade.
- Liderar é também passar valores — e histórias — às próximas gerações.
No fundo, Héctor lembra-nos que o impacto que deixamos não se mede em prémios, mas em pessoas.
🎤 Ernesto de la Cruz: Quando a Vaidade Apaga a Verdade
Ernesto é um ídolo, uma lenda… ou assim parece. A verdade é que construiu o seu sucesso com base na mentira e traição, roubando canções e apagando a história de Héctor.
“O sucesso sem integridade é uma vitória vazia.”
Ele representa aqueles que:
- Trocam os valores pelo brilho da fama.
- Lideram com imagem, mas sem verdade.
- Têm seguidores, mas não deixam legado.
Na vida e nas organizações, Ernesto de la Cruz é um alerta: a ambição sem ética mina tudo o que construíste — por fora e por dentro.
👵 Mamã Coco: A Força Silenciosa da Memória
Mamã Coco é aparentemente frágil, silenciosa… até que Miguel lhe canta a canção do pai. E ali, num momento profundamente comovente, percebemos que as memórias podem manter alguém vivo — e sarar uma família inteira.
“Lembrar é amar. E amar é não deixar partir.”
Ela representa:
- O poder da ligação entre gerações.
- A importância das histórias contadas, passadas e celebradas.
- A memória como raiz de quem somos.
Na liderança, isto é sobre honrar quem veio antes, sem ter medo de inovar.
🎼 A Música como Linguagem da Verdade
A música em Coco é muito mais do que som — é ponte entre mundos, é voz de quem já não fala, é força que cura e reconcilia.
Miguel não vence com discursos. Vence com uma canção. Com sentimento. Com autenticidade.
“O coração não se engana quando canta.”
E isso também é liderança:
Tocar onde palavras não chegam.
Inspirar mais do que convencer.
Conectar mais do que comandar.
- Tocar onde palavras não chegam.
🌟 Conclusão: O que Coco nos ensina sobre liderança e a vida
Coco é uma celebração da vida através da morte. Uma ode ao amor, à memória e à coragem de ser quem somos.
Aqui ficam algumas das grandes lições que podemos levar:
- A tua paixão pode mudar a história — se tiveres coragem para a seguir.
- O verdadeiro sucesso é ser lembrado com carinho, não aplaudido com distância.
- O passado ensina — se souberes escutá-lo com o coração.
- A família pode ser raiz… mas também pode ser voo.
- O legado começa nas pequenas histórias — e vive nos que ficam.
Se ainda não viste Coco, faz-te esse favor. E se já viste, talvez agora o vejas com outros olhos — ou com outros ouvidos. Quem sabe até com uma guitarra imaginária na mão 🎸
Um abraço,
Sérgio Salino
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