
O que Luca da Disney/Pixar nos ensina sobre Liderança (e não só)
Olá, malta!
Hoje trago-vos um dos filmes mais bonitos e emocionantes da nova geração da Pixar: Luca.
À primeira vista, é uma história leve sobre amizade, verão e aventuras à beira-mar. Mas quem prestar atenção vai encontrar muito mais: Luca é uma metáfora sobre identidade, coragem, inclusão e a importância de quem nos acompanha nas grandes transformações da vida.
E, como sempre, destaco algumas personagens que fazem esta história crescer connosco: Luca, Alberto, Giulia e Massimo.
🐚 Luca: A Coragem de Explorar o Desconhecido
Luca é um monstro marinho curioso, mas tímido, que vive numa rotina segura (e limitada) debaixo de água. Quando conhece Alberto e descobre o mundo à superfície, começa uma jornada de descoberta que o obriga a desafiar tudo o que lhe ensinaram a temer.
“Silenzio, Bruno!”
Esta expressão icónica resume muito bem o que Luca nos ensina:
- Todos temos um “Bruno” dentro de nós — aquela voz que diz que não somos capazes. Aprende a calá-lo.
- A curiosidade é o primeiro passo para a transformação. Não mudamos se não formos capazes de questionar.
- O desconforto faz parte do crescimento. Liderar a própria vida exige coragem para sair daquilo que nos é familiar.
Luca lembra-nos que a liderança começa quando temos coragem de ir onde nunca fomos — mesmo com medo.
🛵 Alberto: Autenticidade (mesmo quando dói)
Alberto é o oposto de Luca: ousado, impulsivo, cheio de ideias (algumas bem duvidosas 😅) e sem medo de correr riscos. Mas por trás dessa energia está alguém que só quer pertencer e ser aceite como é.
“Quem se importa se nos acharem estranhos? Eles também são!”
Alberto ensina-nos que:
- Ser autêntico é poderoso, mas exige coragem.
- Por vezes, a confiança exterior esconde insegurança interior.
- Grandes amizades constroem-se quando somos aceites com as nossas imperfeições.
Ele é o amigo que puxa por nós, que nos empurra para o desconhecido e que, apesar dos seus próprios medos, nos desafia a ser mais.
🚲 Giulia: Inclusão, Força e Espírito de Equipa
Giulia é determinada, leal e competitiva. Mas é também empática — acolhe Luca e Alberto como iguais, mesmo sabendo que eles são “diferentes”.
Ela representa as pessoas que, no meio da confusão, escolhem a empatia em vez do preconceito.
“Todos temos algo que nos faz sentir como outsiders. Isso não nos torna menos, torna-nos únicos.”
Giulia mostra-nos que:
- A diversidade enriquece qualquer equipa.
- A verdadeira força está em criar espaço para todos brilharem.
- Liderar é também dar voz a quem é invisível.
Num mundo onde a diferença ainda é vista com desconfiança, Giulia lembra-nos que quem lidera com inclusão, lidera com impacto.
🐟 Massimo: Liderança com Presença e Coração
Massimo é o pai de Giulia. Grande, imponente, com um bigode ainda mais sério do que o olhar… mas por dentro, é um doce. Ele acolhe Luca e Alberto, dá-lhes trabalho, comida e segurança — sem exigir nada em troca.
“Não interessa de onde vêm. Aqui, são bem-vindos.”
Ele representa um tipo de liderança muitas vezes esquecida: a liderança silenciosa, feita de gestos, de ações e de presença.
Massimo ensina-nos que:
- Proteger é mais do que controlar — é criar espaço para crescer.
- Um bom líder observa antes de julgar.
- A firmeza pode (e deve) coexistir com ternura.
🌊 A Metáfora Final: Ser Quem Somos, Onde For
Quando Luca e Alberto se revelam como monstros marinhos, o pânico instala-se. Mas rapidamente, os que antes os rejeitavam começam a ver a beleza na diferença.
A cena final — com Luca a ir para a escola e Alberto a ficar — mostra que cada um tem a sua jornada, e ambas são válidas.
“Alguns vão para longe. Outros ficam para construir. E ambos são heróis.”
Esta mensagem aplica-se à liderança de forma clara:
- Nem todos precisam de seguir o mesmo caminho.
- Liderar é também saber quando é hora de apoiar… ou deixar ir.
- A aceitação começa quando deixamos de esconder quem somos.
🌟 Conclusão: O que Luca nos ensina sobre liderança e a vida
Luca é uma história simples e comovente, mas cheia de camadas que falam de quem somos, de quem queremos ser, e de quem nos ajuda a lá chegar.
Aqui ficam algumas das grandes lições:
- A coragem não é a ausência de medo — é avançar apesar dele.
- As amizades certas ajudam-nos a crescer mais do que qualquer diploma.
- Ser diferente não é um defeito — é um superpoder.
- Um bom líder acolhe, desafia e liberta.
- Crescer é aprender a calar o “Bruno” interior.
Se ainda não viste Luca, recomendo vivamente. Pode parecer um filme para crianças, mas é uma história para todos nós — especialmente para quem está a aprender a liderar-se primeiro, para depois liderar os outros.
Um abraço,
Sérgio Salino
Responses